sábado, 25 de abril de 2009

Meu primeiro livro

Tia betes.

Vivi uma infância normal até a pré- adolescência, quando eu percebi aos 14 anos de idade uma perda de peso excessivo e uma sede insaciável, eu comecei a sentir muita fome e pensava que era da idade, estava em faze de crescimento, mais ao mesmo tempo em que eu comia desesperadamente eu emagrecia numa velocidade, que em uma semana eu emagreci 12 quilos e já não tinha o mesmo vigor, me sentia fraco sem ânimo pra nada, minha visão embaçava, até fazer o primeiro exame de sangue, não deu níveis suficiente para dizer que eu estava doente, então não tive preocupação em me poupar comia de tudo inclusive doces, ai veio o segundo exame também não deu suficiente para me dizer que eu estava doente, mais o sintomas eram visíveis e eu já não nutria mais de uma boa forma, fui pra mais um exame daí foi à confirmação, acordei bem sedo em jejum e fui ao Hospital Pedro Ernesto até então era referência em tratamento da doença, quando cheguei fui submetido a uma triagem e me pedirão para fazer um teste do dedinho falei; -Tudo bem!! Então me chamaram pra uma salinha ali fizeram teste no meu dedo, naquele momento a surpresa meu nível de glicose no sangue era de 280mg, mais havia feito um exame de sangue e aguardava o resultado, quando veio o resultado já estava com tudo pronto para me internarem eu já aguardava com a roupa do Hospital. A minha ansiedade me deixava mais fraco e sem ânimo pra nada, minha mãe que me acompanhava me pedia calma mais tudo era novo para mim a doença, a internação, eu me desesperei e comecei a chorar ai veio à assistente social me acalmar, mais nada do que ela me dizia servia como consolo, o que eu queria realmente era minha vida de volta, minha liberdade, mais não teve jeito, o maqueiro veio com uma cadeira de roda e me colocou sentado e me levou até a entrada da enfermaria, e me veio à médica com o resultado definitivo, 320mg/dl.

Ai veio às enfermeiras e me colocaram no soro e me acamaram e ali fiquei, me apeguei a minhas orações e pedia dentre tudo minha liberdade, pois era tudo que eu queria era sair dali, era como se eu tivesse sido condenado, e isso só me prejudicava meu teste de glicose só aumentava, era o que me distanciava mais da minha liberdade, eu então decidi ficar mais calmo, mais não foi o suficiente para ver minha glicose baixar, em conseqüência eu estava desidratado e descompensado, tinha que tomar muito soro e medicamento para normalizar minha situação, as furadinhas nos dedos eram constantes já não tinha mais dedos para tanto. Veio à primeira noite no Hospital estava numa enfermaria de problemas neurológicos, aguardava uma vaga no meu setor, então foi entrando noite adentro e não conseguia dormir, quando consegui cochilar acordei assustado com um senhor pelado e com a sonda esticada me cutucando, foi quando decidi não dormir mais e fiquei acordado esperando a minha médica que prometerá me visitar logo pela manhã, eu já estava apreensivo, quando você esta internado só pensa no pior e que nada dar certo, mais eu tinha que superar precisava sair dali e me sentir um vitorioso, mais foi passando os dias e já entrava no meu primeiro fim de semana internado como tudo pra mim era novo, ai veio minha transferência para minha enfermaria, era só de adolescentes como eu.

Nos primeiros dias eu já me sentia bem melhor, prova disso eram meus exames já melhorava, sentia que minha liberdade estava próxima mais ainda era cedo pra dizer, tinhas muitos exames há fazer, minha estadia ali já se fazia muito mais feliz, tinha feito amizades, do meu lado tinha um rapaz que tinha feito uma cirurgia no coração, o nome dele era André Marcelo ele era muito pra cima cheio de alegria isso me contagiava me ajudava a suportar aquele lugar, e não sentir o tempo passar que era o mais importante. Tudo indo bem meus níveis de glicose já se mantinham abaixo de 200mg/dl. Eu já podia dar uma volta na enfermaria, minha disposição voltava quase que normal meu humor restabelecia, só faltava os médicos virem com minha alta, isso era tudo que eu queria, já era dezembro e o ritmo no Hospital era de festa e a minha intenção não incluía passar o meu natal ali. Logo vieram as boas novas eu ira sair duas semanas antes do natal, estava completa minha recuperação foi rápida logo minha glicose ficou estabelecida abaixo de 150mg/dl. Veio-me junto com a alta o papel da nutrição era uma dieta que não combinava nenhum pouco com meu ritmo de vida e eu tinha que me adaptar a ela, mais isso era só uma das coisas eu tinha que fazer o teste em casa e não era do dedinho não, na época nem todo mundo tinha acesso ao aparelho, tínhamos que fazer o teste na urina com reagentes em um tubo de ensaio, se desse azul estava bom, mais se desse amarelado cor de tijolo ia muito mal, poucas fezes a minha dava azul, até mesmo por que minha dieta não era suficiente para me alimentar e eu arrumava um jeito de complementar, os quilos que havia perdido eu recuperavam rápido, e com ele o aumento da glicose,

O meu tratamento era intensivo mais não adiantava eu estava sempre na contramão, não aceitava o que me era imposto pelos médicos e fazia minha própria dieta, eu era novo o organismo respondia a minha irresponsabilidade, mais logo veio à segunda internação, essa mais grave sem dúvidas meu nível de glicose chegava aos 800mg/dl, voltava eu para mais uma internação dessa vez um pré- coma ainda na porta do Hospital Pedro Ernesto que se encontrava em greve, e eu não tinha tempo para esperar burocracia e logo o médico que me atendia recebeu uma supervisão do Hospital, e eu estava ali por uma intervenção de Deus o chefe do Hospital que também é médico me olhou e me perguntou o que tinha respondi: - "Sou diabético" ele olhou pro médico que me atendia com olhar de insubordinação e deu uma ordem; - "interna agora" eu fui internado as pressas com a reprovação do médico que me atendia, e quando cheguei fui direto pra UTI do Hospital, e em dez e dez minutos eles me chamavam perguntavam meu nome aonde morava etc. fui submetido a doses de insulina direto na veia, com a intenção de não deixar que eu entrasse em coma, graças a Deus foi um sucesso eu tinha retrocedido e já podia ir pra uma enfermaria e receber os remédios alternadamente, estava começando tudo de novo eu estava preso num espaço de dois anos, mais estava me acostumando com a internação o que não era bom, ali fiquei por mais uns vinte dias e tinha que rever meus conceitos sobre saúde, quando saí recebi outra dieta mais rigorosa e tinha que seguir ou pelo menos tentar, mais agora eu já estava convencido da doença passaram mais alguns anos dessas vez eu estava indo melhor com mais prudência.

Com 18 ou 19 anos eu conheci a minha atual esposa e começamos numa luta para nos casar e começamos a construir a casa e o estresse de tudo começou a me sentir mal, no dia de colocar minha laje eu fiquei tão mal que quase cai, foi que percebemos que tinha que procurar um médico, procurou um posto de emergência ela chegando fui me explicar pro médico que eu tinha bebidos unas cervejas mais eu era diabético, ele Não deixou falar e mandou me aplicar 100% de glicose e nem procurou saber se minha glicose estava alta ou não, quando o enfermeiro me veio tentei argumentar mais ele foi enfático; - "você não ouviu o que o médico falou? Quem é o médico aqui?" E foi logo aplicando glicose direto na veia, minha mãe veio se aproximando eu pedi que ela entrevisse mais ela disse que não podia fazer nada, eu fiquei em fúria arranquei o escalpe de soro e pedi que ela me leva-se embora daquele lugar, chegando lá fora meu pai aguardava com o carro eu falei; - "pai me leva daqui por que eles vão me matar" entrei no carro lá fomos nós parar no Pedro Ernesto de novo e dessa vez não tinha mais o tratamento para adolescente, pois eu já estava com 19 anos, mais correu tudo bem eu estava quase em coma de novo dessa vez por imprudência médica, quando me recuperei tratei de relatar o procedimento do médico do posto e me deram razão, fiquei internado por mais uns 15 dias, e retornei minha vida normal.

Depois disso eu tive uma nova crise estava descompensado com câimbras, e onde fui parar? De novo no mesmo posto, só que dessa vez fui bem atendido mais tinha que ser transferido para um Hospital de grande porte, ai começaram os problemas, não havia ambulância de plantão, eu estava com meu cunhado num carro furgão, não tinha como deitar e era tudo o que queria, fomos primeiro parar em outro posto do município, o mesmo problema não tinham ambulância,

Depois de algum tempo decidimos aventurar e procurar um Hospital pegou a Linha Vermelha que estava engarrafada, mais não tinha outro jeito, tentamos escapar, não conseguimos chegamos ao Fundão, chegando à portaria disseram que não tinham emergência tinha que procurar outro Hospital, fomos em direção a Ilha do Governador, lá chegando o hospital super lotado, mais eu tinha alguém olhando por mim, a médica de plantão era especialista no assunto, e me mandou fazer uns exames em caráter emergencial, logo ficou pronto, ela providenciou tudo para me transferir, pois o Hospital estava muito cheio não haveria vaga para mim, o primeiro contato foi com o Hospital da Lagoa, foi a última coisa que ouvi, fui transferido de ambulância para o Hospital Miguel Couto, lá os médicos me acordaram e me perguntaram aonde eu estava eu falei que estava na Lagoa, por que era a última coisa que eu lembrava, eles ficaram preocupados, e de novo fui muito bem atendido, fiquei internado por duas semanas, quando recebi alta, lá ia de volta ao lar, não sabia por quanto tempo, eu tinha uma vida muito intensa, trabalhava em um restaurante, como garçom e vida de comerciário não é mole noites maus dormidas, muitas horas de trabalho em pé, não faziam bem para minha saúde, não me alimentava adequadamente, e foi me enfraquecendo eu não tinha mais força para trabalhar e pedia para sair mais cedo, o patrão não gostava muito mais não tinha muito o que fazer, eu não acompanhava os colegas perdia muito meu desempenho, dessa vez eu fiquei passando mal em casa, quase uma semana, até que minha esposa não aquentar mais, e me levar para um médico, era muito difícil por que não tinha um médico me acompanhando eu batia com a cara na porta pois não era paciente, fui depois de muito tempo parar no Hospital do Andaraí e já estava mau não conseguia enxergar direito, e o atendimento estava ruim, não tinha vaga eu fiquei sentado numa cadeira e ali mesmo me colocaram no soro, minha vontade era de deitar mais não tinha maca, não tinham feito nem minha entrada no Hospital, eu ia piorando a cada momento, pedi ao enfermeiro que me botasse deitado, ele disse que não tinha como, então eu dei meu jeito, deitei no chão eles virão que não tinha jeito me arrumaram lençol e cobertores, e agora eu sentia uma vontade de ir ao banheiro mais não tinha forças, pedi ao enfermeiro que me ajudasse, mais ele estava todo enrolado, então eu não perdoei e fiz ali mesmo sem dó, logo apareceu uma visita dos diretores do Hospital então me viram no chão e todo mijado ficaram enfurecido e pediram pro plantão arrumarem um jeito já que eu estava ali, eles deram jeito, arrumaram um leito colocaram ali mesmo aonde eu estava e me transferiu para cama, ali permaneci até minha alta, pra falar a verdade é o único lugar do hospital que eu conheci.

Eu estava me habituando à doença e já estava com 27 anos e estava eu num barzinho tomando uma cerveja quando apareceu um maluco do nada e começou a implicar com meu irmão me levantei e ele me jogou um garrafão de vinho, se estilhaçou em mil pedaços me cortando todo, me atraquei com ele e arrumei mais um corte profundo no queixo, que logo começou a sangrar fui levado apreças para um posto de emergência que lá chegando fui informado de que não tinham recurso e dessa vez fui transferido para o Hospital da Posse, Nova Iguaçu. Cheguei fui direto pro centro cirúrgico onde tomei vários pontos fiquei igual Frank Stein e logo liberado para ir pra casa mais devida à diabetes não tive uma cicatrização normal e logo inflamou todos os pontos necessitando de uma intervenção médica de novo só que dessa vez procurei a zona sul da cidade e fui internado no Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, e ali fiquei um dia na enfermaria quando comecei a sentir falta de ar, a enfermeira me informou que só haveria médico às dez horas da manhã do outro dia é claro, eu tentei ser forte mais não sabia quanto tempo eu ia agüentar, e não deu outra minha mãe foi até o Hospital pela manhã quando ela entrou mandei ela correr e chamar um médico, quando eu dei por mim tinha uns oito médicos inclusive um espanhol que me transferiu pro CTI. Lá já cheguei tendo uma parada cardíaca e logo depois foram mais duas ai entrei em como e permaneci por 12 dias, isso por que me contaram pra mim eu tinha dormido um sono só, fiquei no CTI. POR uns vinte dias depois transferido para enfermaria novamente, ela ficando mais uns 12 dias, louco para me livre de novo, só que no CTI. Posicionaram-me uma veia profunda na clavicular e tive que ficar com ela um bom tempo mais veio à alta logo estaria longe daquele lugar, veja bem a equipe do Hospital é excelente o lugar é que não é dos bons pra ficar.

Fui para casa retomar a minha vida afinal de contas já era casado e tinha um filho, dei continuidade e logo estava de pé novamente afinal eu sou duro na queda, voltei a trabalhar e a levar uma vida normal mais os controles já não era o mesmo passei a levar do jeito que eu queria, até eu espetar o pé num perfurante não identificado convivi com esse machucado por alguns anos até que ele começou a me incomodar já tinha um mau cheiro e a ferida só aumentará, procurei os médicos do Miguel Couto novamente, é me deparei com um plantão atordoado e o médico olhou mais pro meu rosto do que pro meu ferimento e disse – "tem que amputar" eu clamei o sangue de Jesus bem baixinho e falei; - "não o meu dedo não" meu irmão mais velho estava comigo e perguntou ao médico se não tinha outra forma, ele falou; - "eu vou passar esse remédio se não melhora vamos fazer o procedimento" eu fui tomei o remédio certinho mais não adiantou, foi quando ouvi falar do Pólo do Pé Diabético no Hospital da Lagoa então me preparei para procurar os serviços do Pólo, fui aconselhado a procurar a enfermeira chefe Vera, ela foi um anjo que caiu do céu, me colocou na fila, pois era a minha primeira vez e quando o médico cirurgião me viu olhou e disse; - "tem que interna urgente" estava eu lá pedindo novamente pelo meu pé, quando cheguei à enfermaria um médico tinha mais ou menos minha idade foi muito objetivo; - "eu vou fazer uma raspagem no osso talvez tirar um pedaço vou tentar manter o dedo" percebi que não estava sozinho tinha uma força maior me guardando, aguardei a cirurgia até que chegou minha vez, desmoronei em lágrimas fiquei muito nervoso as enfermeiras me deram todo carinho, minha mãe também estava na hora, lá fui eu pra o centro cirúrgico que estava começando a entrar em obras era um lugar sombrio não tinha ninguém só eu o médico e dois assistentes começaram a cirurgia ele aplicou uma anestesia do joelho pra baixo, não demorou muito e começou a jorrar sangue fiquei preocupado ele (médico) me explicou que era bom para cicatrização e que ficaria uns dois dias internado e depois iria embora, eu fiquei muito contente, voltei para casa e novamente, fiquei demo lho um ano e oito meses para ser mais exato, retomei minha vida meu trabalho por mais quatro anos, quando um dia sai para trabalhar com uma dor no peito que só aumentará , trabalhei assim mesmo isso numa sexta-feira eu tinha consulta marcada para uma terça-feira quando cheguei ao Hospital da Lagoa, por que eu já era paciente eu pedi que verificassem minha preção e minha glicose os dois estavam altos, não que fosse assustador, mais a dor no peito voltou a incomodar, me mandaram para interface que atende só os pacientes da Lagoa fiquei esperando minha vez o maqueiro deu uma força e deu um toque no médico ele me chamou e quando eu falei na dor ele correu e pediu que eu levantasse devagar e deitasse numa cama leito e colocou uma porção de eletrodos e começou um eletro e se assustou me assustando também, disse que tinha infartado e estaria enfartando novamente, mobilizou a UTI. Cardíaca eles me transferiram depois de muito desencontro com a direção da UTI. Lá ia eu de novo mais uma internação eu estava com um ferimento no pé também mais a essa altura não era importante, fiquei mais uns vinte dias internado, quando me mandaram fazer um teste de esforço era tudo o que eu não conseguia fazer quase morri a médica cancelou o teste para evitar um acidente na esteira, é o que consta no meu laudo. Estou em casa de novo e desta vez por pouco tempo, logo voltei a trabalhar, mais desta vez começou a infeccionar o machucado que eu já tinha, me dava febre e eu não sabia que era o ferimento do pé, por que estava aparentemente sarando mais internamente estava infeccionado , quando dei por mim estava eu novamente preso ao médico, tendo que passar por tudo de novo, foi preparado um intervenção cirúrgica no local, e tive que andar sob ajuda de muletas, essas idas e vindas de Hospitais me fizeram apelidar minha doce doença em TIA BETES, por que ela me acompanha por toda vida e não me larga um minuto, tive o cuidado de não repetir sempre que sou Diabético por que acho que não pedimos para ter uma doença, mais temos que dar tudo de nós para que ela não evolua nem neutralize nossa vida. Eu tive internado num hospital no meu município e lá fazia pouco caso do paciente, principalmente os Diabéticos, eu pela manhã tinha níveis de glicose alta e no decorrer do dia ela baixava, eles me aplicavam todo dia insulina regular, e quando eles viam que minha glicose estava baixa de mais me aplicavam glicose na minha veia, um procedimento normal, se não fosse repetidamente, eles a meu ver não entendia e não sabia o que fazer, o único médico que podia dar um diagnóstico estava de folga e só voltaria depois da semana santa, isso pra mim foi o cumulo quando eu entrei na enfermaria tinha 8 pessoas internada, eu via pessoas aparentemente sóbrias der repente falecer do nada, uma senhor que assistia ao jogo do Flamengo, numa quarta feira, ele escorregou da cama e caiu, bateu a cabeça na cabeceira da cama, e começou a sangrar chamamos a enfermeira que já chegaram escachando o pobre velho, que não demorou muito veio o médico e também não aliviou e pediu que trouxesse o material para enfaixar a cabeça do senhor, ele fazia o curativo, com uma força que eu fiquei com pena dele, fomos dormir, pela manhã acordei e o senhor tinha falecido, não acreditava no que estava vendo comecei a ficar esperto com meu problema, não queria mais que eles me medicassem sem o conhecimento médico, e a enfermeira me avisou que o médico só depois do feriado, esqueci de mencionar que nesta altura só tinha quatro pessoas vivas na enfermaria, ai eu pedi que ligassem para minha família por que eu iria embora, elas não me atenderam, uma senhora que acompanhava seu marido pediu o telefone, ela daria um jeito, foi o que fiz e mandei chamar minha esposa, já arrumei tudo o que era meu, quando minha esposa chegou mandei que desse meia volta e assinasse uma termo de responsabilidade, e quando o recepcionista veio me liberar com um sorrisinho no rosto me falou – "Ai vai passar o feriado em casa!" eu olhei bem pro olhos dele e disse; "Eu quero ver você com esse sorrisinho no rosto deitado nessa cama ai!" ele Tratou de ficar sério na hora.


 

Temos que ser realista o sistema está falido mais as pessoas que trabalham estão lidando com vidas não podem fazer pouco caso do seu semelhante, por mais que estejam insatisfeitos com seu emprego eles tem que avaliar a situação não pode destilar todos os seus venenos no paciente, com tudo isso eu acho que o Sistema Único de Saúde, tem bons profissionais, excelentes, mais estão dando prioridade ao setor privado que não está à altura da população, eu queria dizer que toda essa minha trajetória foi por que eu não facilitei muito das vezes, para minha doença, e não facilitarei até o meu ultimo suspiro, e dizer que os fatos aqui expostos são para uma reflexão, não devemos dar espaço para nossa doença temos que lutar até o último minuto por um viver digno, temos que servir de exemplo para as pessoas, e temos que segui-las também, cada caso é um caso e não dá pra diagnosticar uma pessoa por outra, nós temos organismo que reage diferente, uns suportam mais do que os outros, temos que observar, hoje somos paciente mais amanhã podemos ser o acompanhante, faz parte da vida e a vida é muito das vezes dura com nossa realidade, mais não devemos usar isso para impressionar ninguém, hoje eu estou terminando o tratamento no Pólo do Pé diabético, e lá é que podemos tirar exemplo, por que nosso problema pode ser bem mais fácil do que o dos outros, mais isso já é história para uma outra reflexão...

Eu anexei junto esse pequeno resumo, textos que eu comecei a escrever por influência da falta do que fazer, não são textos poético mais são reflexíveis, do meu modo de ver a vida, pois a coisas que não compreenderão, mais eu sei o que significa, talvez para vocês não tenha o impacto que esperam mais para mim é o inicio de uma fase na minha vida, os que compreenderem é por que tem o mesma sensibilidade que eu, ou vivem um momento parecido,

Na realidade é a forma que eu encontrei de me abrir para as pessoas, no início, era só para os próximos, mais fui sentindo a necessidade de expor minha história para vocês, espero que tenham gostado e percebido que não estou a procura de grandes escritores, mais com minha simplicidade posso alcançar pessoas que estejam precisando desabafar como eu


 


 


Frases minhas:

"vamos resolver as pequenas causas, para que não se tornem grandes problemas, lembrem-se, os grandes rios surgem de pequenas nascentes...

Ânsia!

Por um minuto achei que estava só, lembrei-me do sentimento de egoísmo e que existem outras pessoas que também se emocionam, decepciona, em fim todos temos problema, mais se olharmos para traz veremos sempre pessoas com um fardo maios que o nosso e que para poder prosseguir teremos que ajudá-los para sentirmos mais seguros diante de nossas amarguras.

Alcance.

Ó senhor dei-me forças para não me faltar o pão de cada dia. Pois não saberia suportar a dor de não poder ter o que comer e nem a humilhação

de não ter onde morar, só te peço saúde pois com que o senhor me deu consigo todo resto...


 

Estupidez

Não quero falar das coisas que não tenho certeza, mais quero ter certeza de
tudo que falo, ouvindo, não me faço de mudo, mais me calo diante do absurdo de
escutar o silêncio da ignorância...


 


 Vou ajoelhar-me diante das minhas dificuldades só pra estar mais próximo
dela e dizer que "O meu senhor é DEUS...


 

Crepúsculo

Ao anoitecer chegamos ao fim de mais um dia de afazeres e nos recolhemos ao seio de nossa família para meditarmos em tudo que fizemos, e nos preparar para mais um alvorecer!


 


 


 

Cárcere privado.

Vivamos sem nos preocupar com a rabugice de muitos que não dão importância ao viver, privando-se do direito de ir e vir dado por Deus...

Textos:

"Numa fria" maca de hospital

Quando tudo está bem não nos lembramos de refletir sobre nossas vidas, mais quando nos encontramos sozinho sem perspectiva alguma, começamos a pensar muitas das vezes não em nós mais nos outros que estão ao nosso lado percebemos que nosso problema pode não ser tão grave quanto o dos outros, passamos a escutar reclamações de pessoas que nunca vimos e nos penalizamos com sua dor, tentamos ficar neutro, mais não é possível ver um corpo desfalecer ao seu lado e você ser imparcial, ou pessoas que choram por uma atenção em horas impróprias e sabermos que somos todos seres humanos fracos que dependemos um dos outros pra continuarmos nessa jornada, nessa hora de fraqueza que nos tornamos forte querendo levantar a moral dos outros quando a nossa própria moral precisa ser levantado, aguardamos sermos diagnosticado por um ser humano igual, mais em condições de nos olharmos de cima e apontar nossas dificuldades e dizer como devemos proceder, torcemos para que ele nos dê a oportunidade de voltarmos a nossa vida normal, e jurarmos pra nós mesmo que não voltaremos nunca mais pra uma maca fria de hospital...

DIFICULDADES

Tenha suas dificuldades como obstáculo a ser superado, lembrando que Deus não vai resolver seus problemas mais sim te dar a oportunidade de resolvê-los, as dificuldades é uma luta contra si mesmo superando teus medos tuas imperfeições, passarás por dificuldades, sim, dificuldades estás de descobrires quem és e por que estás nesse mundo, portanto aprende a não temer, aprende a confiar mais em você, e todas as respostas vêm do seu interior aquilo que ta guardada para hora certa, e verás que não estás só e que nosso criador estará torcendo por você descobrir que é um escolhido por ele...


 

Cautela.

Sabedoria é o que nos faz ser imponentes e seguro de nós mesmo, mais nos tornamos medíocres quando usamos nossos conhecimentos contra aqueles que não são providos de informações suficientes para defender-se...


 

Expressões!
Palavra que se molda pela escrita, ornamenta nossos sentimentos, acalenta o coração e sabe ser enérgica quando têm que ser. Palavras que constrói, palavras sustentam uma família, tantas palavras, não dá para ficar mudo e só ouvir e ser imparcial com a estupidez de muitos que não ouvem as palavras...


 

Dúvida

Como duvidar da natureza? E como explicar sua existência? Não podemos explicar o inexplicável, não podemos desfazer o que ta escrito, seguir é uma opção, ou pagar para ver,


 

Um comentário:

  1. Claudio,em primeiro lugar eu quero parabenizar vc,pela sua força,sua coragem,sua determinação,nunca para de acreditar em Deus e em vc mesmo,vc pode todas as coisas em Deus.
    Estou lendo seus posts!,Primo,sua experiência de vida é tremenda e impactante,parabéns pela coragem de tornar público,seus pensamentos,sua vida,tenho certeza que Deus estar usando vc,para encorajar,muitas pessoas,que não tem forças para lutar,para viver.
    Deus tem os seus planos e nos não entendemos,mas ensinamos o tempo todo pela maneira como vivemos.
    Claudio,não estou fisicamente contigo,mas espiritual mente eu,estou com vc,primo!
    Estamos juntos,estamos em oração por vc,creia que Deus,esta no controle de tudo...
    Um grande abraço meu primo.
    Gamaliel

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